O CCD Braga

Em 13 de julho de 1963, em reunião de Direção da Fundação Nacional para a Alegria no Trabalho, foram aprovados os Estatutos do Centro de Alegria no Trabalho do Pessoal da Caixa de Previdência do Distrito de Braga (CAT), inscrito sob nº 512, no âmbito da então Caixa de Previdência e do Abono de Família do Distrito de Braga.

A par da Mercearia, que primeiro funcionou na que foi chamada de Avenida Marechal Gomes da Costa e depois no "Campo Novo", onde os associados, a crédito, podiam requisitar alimentos e produtos de higiene, são desenvolvidas diversas atividades nas áreas da cultura, recreio e desporto, que vem a ter o seu ponto culminante em maio de 1972 com a organização das I Jornadas Nacionais do Pessoal da Previdência à qual acorrem largas centenas de colegas de todo o Continente e Ilhas. Jogos de muitas modalidades desportivas, exposições, concursos e animados convívios que durante dias deram à cidade, ao Bom Jesus e até ao Gerês um colorido especial.

Quase um ano depois, abrem o 1º Refeitório e Bar no nº 550 da mesma Avenida Gomes da Costa.

Suprimida a organização corporativa após o 25 de abril de 1974, ao CAT sucede o Centro de Cultura e Desporto dos Trabalhadores da Segurança Social e Saúde de Braga (CCD), que prossegue as atividades do interesse dos sócios e familiares e vem a dar ao Supermercado, entretanto inaugurado num pavilhão junto da Arcada (na hoje denominada Alameda Cardeal D. António Ribeiro), uma outra dimensão.

Posteriormente, dada a exiguidade do espaço face à procura, colocou-se a necessidade de procurar novo local para transferir o refeitório, equidistante da Segurança Social e da Saúde (ARS). Foi encontrado nas antigas instalações de uma empresa de camionagem sito no nº 51 da Rua de S Marcos, para onde, depois de profundas obras de remodelação foi possível transferir o refeitório, mantendo-se apenas o Bar na Av. da Liberdade com uma área destinada a desportos de sala.

Anos mais tarde, com a transferência dos serviços da Segurança Social para a quinta Sotto Mayor - Santa Tecla - novo desafio se colocou aos dirigentes do CCD, encontrar, mais uma vez, instalações adequadas na nova área geográfica. Sinalizado que foi na Rua dos Torneiros, iniciaram-se os contatos e complicadas negociações que acabaram por permitir concretizar a montagem do novo refeitório no local onde atualmente se encontra. De realçar que todo o processo foi desenvolvido sem o envolvimento de custos financeiros para o CCD mesmo ficando o novo espaço a ser património do CCD.

A distância a que passaram a situar-se os serviços da Segurança Social e da Saúde, a construção do túnel que liga a Av. da Liberdade à circular norte, a proliferação das grandes superfícies comerciais e o enceramento ao trânsito de viaturas no seguimento da requalificação urbana daquela zona, conduziram ao inevitável encerramento da Cooperativa (supermercado) e a gravosas consequências logísticas, sociais e económicas para o CCD. Por força disso, mais um desafio se colocou!

Era preciso encontrar local para instalar a nova Sede Social, preferencialmente próximo do refeitório. Aconteceu na Rua Prof. Machado Vilela, onde, após profundas obras de remodelação, foi possível colocar à disposição dos sócios e seus familiares uma área totalmente equipada para a prática de acões culturais, recreativas e sociais.

O CCD passa a gerir, por concurso público, os Bares da Segurança Social e da Saúde. Nas instalações das Carvalheiras é criado um mini refeitório onde è possível o serviço de refeições previamente solicitadas ao refeitório central. Paralelamente, alargam-se os serviços da Sede aos cuidados de saúde e dinamizam-se os convívios desportivos inter CCD 's, viagens na área do turismo cultural e social, com diversos passeios pelo país, Brasil, Cuba e diversos países da Europa, retomando uma atividade que não tinha muita expressão desde a excursão a Londres em 1973.

Desde 1998 e na sequência do CCD ter assumido a gestão da Colónia de Férias de Apúlia, ali são proporcionados dias de férias a largos milhares de crianças, jovens, seniores e deficientes, resposta social de extensão nacional, mas, por razões de proximidade, com maior expressão no distrito de Braga. Prestou ali o CCD um serviço de interesse público quando durante alguns meses de 1999 acolheu ali refugiados da Guerra dos Balcãs.

Mais recentemente foi lançado o Apoio Domiciliário que, a par do serviço de refeições a algumas escolas, dá ao CCD uma maior amplitude social de apoio, não só aos sócios e seus familiares, mas também à comunidade em geral no que se espera ser o ponto de partida para outros cometimentos no domínio da Economia Social.


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